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Quem não tem sílex, caça com quartzo


Acaba de ser editado um novo trabalho desenvolvido no contexto do projecto PALÆCÔA.

Este artigo foi publicado na revista Quaternary International, uma das revistas mais influentes no domínio nas ciências do Quaternário, e trata sobre a utilização do quartzo nos sítios paleolíticos do Vale do Côa.

Ao contrário da maioria dos sítios paleolíticos europeus, as jazidas do Côa revelam um uso intensivo de quartzo e quartzito. Trabalhos de prospecção geológica permitiram identificar as fontes destas matérias-primas usadas pelos caçadores-recolectores.

Estas matérias-primas locais complementaram outras menos abundantes, compostas por distintas variedades de sílex e silcrete, provenientes de fontes exógenas.

Verificando-se alguma evolução ao longo do Paleolítico Superior, a maior diferença no uso destas matérias-primas reside entre este período e o Paleolítico Médio, que demonstra uma abrangência territorial muito inferior, estado até ao momento restringido às matérias-primas locais e regionais. Este facto indicia diferenças fundamentais entre o Homem Anatomicamente Moderno e os Neandertais, ao nível da tecnologia, das estratégias de subsistência, da mobilidade, das redes estabelecidas e, por conseguinte, da respectiva organização social.

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